terça-feira, dezembro 27, 2011

Mais um ano terminando. Tempo de reflexão. Momento de olhar pra trás e ver como foi, exatamente, que o caminho se formou. 2011 foi um ano de redenção pra mim. Depois de um 2010 medonho, horripilante, duro e o que há de pior, triste, 2011 veio pra ressurgir a esperança que já nem eu mais acreditava que existia. Fiquei noiva. Consegui juntar dinheiro pra começar de vez o meu tratamento. Meu pai se cuidou direitinho. Passei em um concurso público. Viajei. E reencontrei, enfim, a paz que eu havia perdido em 2010. Vejo esse ano como uma espécie de redenção. Provei, a mim mesma, que sou mais dura na queda do que eu supunha. Superei as minhas dores e tristezas. Encarei os meus problemas de frente. E lutei. Como eu lutei. Luto sem pausa desde março do ano passado. E só esse ano, no segundo semestre, comecei a colher os frutos de tanta luta. Aos 45 minutos do segundo tempo, voltei a sofrer como em 2010. Perdi um grande amigo, o melhor deles. Foi como um soco no estômago no meio de uma crise forte de espirro. Aliás, esses dias me peguei lembrando dele, como se essa história de morte não passasse de uma pegadinha do malandro. Ele me deixou com lindas lembranças, e a vida segue assim.

É isso, não fosse por uma ou outra mancha, 2011 tá indo embora bem melhor do que quando chegou. Um ano de grandes conquistas pessoais, perdas irreparáveis e não frustrações. No balanço final, resumiria esse ano como o ano em que você tem que decidir sobre parar de fumar. Um grande prazer que se abandona e um pouco mais de saúde que se conquista. Hoje faz quinze dias que eu larguei o cigarro.

sexta-feira, outubro 28, 2011


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"O cara que acha que a bunda dele não é digna de qualquer vaso sanitário.
O cara que me chama de Feike de X (não conto o porquê do x aqui nem fodendo).
O cara que diz que me odeia pra em seguida dizer que P-R-E-C-I-S-A de mim.
O cara que grita no meio do bar lotado que só me beija se for NO ROSTO.
O cara que tentou me matar com esse mesmo beijo citado acima (Sim, reparem na mão esquerda apertando o nó do meu cachecol discretamente).
O cara que me levou pra comer o pior provolone da minha vida.
O cara que me dá adeus todos os dias desde 16 de junho de 2006 e nunca foi embora. (Por falar nisso, alguém me explica se 16/06/06 é algum número cabalístico, assim, do tipo praga?)
O cara que diz que as minhas amigas são gostosas e eu sou apenas A Legalzinha.
O cara que, por conhecimento de causa, ainda vai escrever a minha biografia

Anjo, vulgo Rodrigo, o cara que eu odeio e com quem eu mantenho a relação mais ridícula da minha vida.


E que a gente passe a vida inteira alimentando esse ódio assim, desse jeito tão estranho e tão só nosso, amém."




Escrevi esse textinho em julho de 2008, nesses mais de três anos ele continuou sendo a relação mais ridícula da minha vida. Sentirei saudades imensa dessa nossa cumplicidade escrota.


Eu nunca reconheci, mas eu te devo a minha felicidade, irmão.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Amor,

Eu nem sei mais o que escrever para você. Tudo já foi dito nos nossos abraços, das melhores as mais sofridas palavras. Você que sempre esteve ao meu lado. Você que já secou as minhas lágrimas de todos os tipos. Você que já foi o responsável pelo meu sorriso mais sincero. Sempre você. E se faltasse alguma pequena coisa no nosso relacionamento, ainda assim, seria sempre você. Eu só queria agradecer por ter tanta certeza assim de ser você, depois de todos os meus caminhos tortos, o homem da minha vida. Parabéns, meu bem.

domingo, agosto 14, 2011

Uma história Corinthiana

Homenagem ao meu pai, ao meu sogro e ao futuro pai dos meus filhos.



O menino de 6 anos chegou em casa e perguntou:
- Pai, para que time eu torço?
O pai imediatamente detectou o problema. Não ligava muito para futebol, nunca tinha conversado com o filho sobre o assunto. Percebeu que o menino tinha chegado a uma idade em que é obrigatório ser torcedor. Decidiu que se esforçaria para reparar o erro.
Prometeu ao filho que o levaria a jogos de todos os clubes grandes de São Paulo, para que o garoto tivesse todas as oportunidades para escolher seu time do coração. Fez a devida lição de casa. Aprendeu os fatos, os nomes, os momentos e lugares importantes na História de cada clube.
A primeira visita foi ao Morumbi, numa tarde de jogo do São Paulo. Chegaram cedo, passaram no Memorial, viram os troféus da Copa Libertadores, da Copa Intercontinental.
- Filho, o São Paulo é o mais bem sucedido clube brasileiro no cenário internacional. Ganhou a Libertadores 3 vezes, foi a Tóquio duas vezes para conquistar a Copa Intercontinental, também tem um Mundial de Clubes da Fifa. Além disso, foi o primeiro clube da cidade a ter o seu Centro de Treinamento. E claro, é o dono desse estádio, o Morumbi, o maior de São Paulo.
O jogo foi ótimo, o São Paulo venceu, o menino ficou impressionado com o tamanho do Morumbi.
- E aí, quer comprar uma camisa? – perguntou o pai.
- Ainda faltam três times, né? Prefiro esperar.


A segunda visita foi ao Palestra Itália. Passearam pela sede do clube. Viram os bustos de Ademir da Guia, de Junqueira, de Waldemar Fiúme. Também conheceram a sala de troféus. Sentaram-se nas numeradas do estádio do Palmeiras.
- Filho, esse time é diferente dos outros, por causa da conexão com a origem dos torcedores. O Palmeiras tem uma ligação sanguínea com a Itália, se chamava Palestra Itália. Claro, ninguém precisa ser italiano para torcer pelo Palmeiras, mas é bonito ver essa relação familiar com o time. Os palmeirenses são apaixonados por essa camisa. Grandes craques passaram por aqui ao longo dos tempos. Tanto que o time tem o apelido de “Academia”. – contou o pai.
O Palmeiras ganhou, o menino vibrou. Gostou do ambiente no Palestra, da proximidade do gramado.
- Vamos comprar a camisa? – o pai perguntou.
- Mas ainda faltam dois times…


Próxima parada, Vila Belmiro. No carro, indo para Santos, o pai começou a falar sobre as glórias do time.
- Meu filho, esse time que você vai conhecer hoje é um patrimônio do futebol. É o time em que jogou o Pelé, o maior jogador da História. Teve o melhor time de todos os tempos, no começo da década de 60, quando não havia adversário neste planeta que pudesse vencê-lo. Você vai ver a quantidade de taças que eles têm.
Visitaram o Memorial das Conquistas e sua impressionante coleção de troféus. As fotos do timaço que conqusitou o mundo duas vezes, do Rei Pelé e de tantos e tantos jogadores lendários.
O Santos ganhou o jogo, o menino ficou empolgado. Na Vila, dá para ficar ainda mais perto do campo.
Na saída, a mesma pergunta.
- Vamos comprar a camisa?
- Calma pai, ainda tem um jogo para a gente ir, não tem?


E foram ao Pacaembu, num domingo à tarde. Não conseguiram sair cedo de casa, estavam um pouco atrasados. O pai foi falando sobre o Corinthians no carro.
- Filho, estamos indo ao Pacaembu, mas o Pacaembu não é o estádio do Corinthians. É da prefeitura, porque o Corinthians não possui um estádio próprio. Mas a torcida se sente muito bem lá. Outra coisa: o Corinthians é o único time de São Paulo que ainda não ganhou a Copa Libertadores. Mas tem um detalhe interessante: é a maior torcida de São Paulo. É uma torcida tão apaixonada que é chamada de “Fiel”.
Por causa do atraso, pai e filho entraram no Pacaembu pelo portão principal, quase na hora em que o Corinthians subiu ao gramado. Não tiveram tempo de sentar, porque o time entrou em campo.
De repente, o pai percebeu algo assustador. O menino estava chorando.
- O que aconteceu, meu filho?
- Não sei, pai.
- Por que você está chorando?
- Não sei…
- Quer ir embora?
- Não, quero ficar.
O jogo estava para começar quando o menino pegou o braço do pai.
- Pai, quero uma camisa.
- Como assim?
- Escolhi, pai.
- Mas o jogo ainda nem começou…
- Não importa.

...

(História Verídica, dizem)



É. Pois é.

terça-feira, julho 26, 2011

Pessoas, eu preciso postar isso,

Meus pés são a parte de mim que mais tenho vergonha e foi justamente por ali que você começou a fazer amor comigo. Como se iniciar pelo meu pior fosse um jeito de dizer que me aceitava, que me queria de qualquer jeito. Você disse que eu tinha uns pés lindos, mas lindo mesmo fica você quando mente pra mim.


Gabito Nunes.

segunda-feira, julho 25, 2011

Amor,

E eu amo tanto.

Amo acordar na segunda lembrando que falta apenas 5 dias para nos vermos novamente. Justo eu, que passo mal ao andar de trem, amo passar duas horas no vagão porque eu sei que você vai estar me esperando na porta da estação Conceição. Amo quando você acorda mal humorado depois de dormir a tarde toda pra logo em seguida me encher de carinho e pedido de desculpa por ter sido grosso comigo. Amo quando eu lembro que nos conhecemos quando estavamos no mesmo bar torcendo contra o São Paulo. Amo quando você, pouquissimas vezes, fecha a cara por ciúmes. Amo quando escolhemos juntos a expressão do dia de tanto repetí-la sem perceber. Amo quando lançamos jargões e soltamos piadas internas que ninguém entende além de nós. Amo quando só você acompanha o meu raciocínio debochado e irônico. Amo quando você faz carinho no Hugo mesmo tendo alergia a cachorros de pelo curto. Amo quando você fica todo orgulhoso porque seus pais me elogiaram. Amo quando eu tenho uma crise de riso diante da sua irritação e você acaba caindo na gargalhada também. Amo quando nos metemos em programas furados e mesmo assim nos divertimos um com o outro. Amo te contar trechos dos escritores que eu gosto só pra você achar bacana também. Amo que todas as músicas do meu celular tenham sido escolhidas por você e que todas elas me lembrem você. Amo quando você me acalma e me dá forças pra correr atrás de uma vida menos estressante. Amo quando você diz que não pode ficar na minha casa a semana inteira, mas pede pra eu ter paciência que nosso apartamento já está quase pronto. Amo quando você quer me dar presentes que eu não posso aceitar porque sou uma mulher "independente e compreensiva". Amo como você consegue ser a minha melhor-amiga-confidente-e-companheira e ainda assim, me dar tesão. Amo como você se tornou uma pessoa melhor depois que me conheceu. Amo como eu me tornei uma pessoa melhor depois que te conheci. Amo o quanto amadurecemos juntos depois que nos conhecemos. Amo escrever sobre você. Repetidas vezes, como eu te amo, porque eu te amo, o quanto te amo. Amo que 80% do meu blog seja dedicado a você. Amo pensar que quando eu estiver velhinha vou reler os arquivos desse blog e lembrar do tanto que eu usei as palavras amor e você nos mesmos textos e que o tempo não as desgastou, mesmo depois de tanto uso. Pelo contrário, quanto mais "eu te amo" escrito, mais o amor se fortalecia. Amo lembrar do que eu amo em você e do que eu ainda vou amar em nós nos próximos 70 anos.

E eu amo tanto.


Eu queria escrever algo sobre como a vida nos prega peças o tempo inteiro. Dizer que não adianta fazer planos, a vida, sem a menor piedade, chega com a delicadeza de um rinoceronte e atropela todos os nossos passos a caminho de alguma coisa que levamos tempo pra decidir fazer.

É isso, quase sempre nos falta tempo e força pra realizarmos nossos sonhos no escuro. Pagando pra ver. Tempo pra errar e consertar. Força pra consertar e saber que se pode errar novamente, a qualquer momento. E recomeçar. Recomeço deveria ser a palavra chave de todas as histórias.

O que é a nossa vida senão um eterno recomeço? Todas as manhãs mudam-se os primas, mudam-se os sonhos, mudam-se as vontades, mudam-se os planos, mudam-se os meios.

Guimarães Rosa já dizia que o que a vida quer da gente é coragem. Coragem pra enfrentar aquelas horas em que estamos no último lance da escada e um piano parece cair sobre nossas cabeças e não nos mata. Coragem pra enfrentar as mudanças de caminho quando estamos a uma curva do destino final e vemos a placa de estrada interditada. Coragem pra entender que o que não pode ser mudado precisa de nada além do que a nossa estranha mania de acreditar que há outras formas de se fazer a mesma coisa. E que o que não está no script tem muita possibilidade de dar certo. Afinal, a vida pode ser tudo, até bem sacana, como eu acho que ela é, só não é uma peça de teatro com roteiro pré-fabricado e direito a ensaios diários pra estrear com perfeição.

Aprendi na marra a desviar dos meteoros semperder a visão do sol.

sexta-feira, julho 22, 2011
















É, parece que chegou o dia que eu nunca imaginei que chegaria. O de fechar, delicadamente, a porta do quarto que me trouxe tantas alegrias e muitas decepções ao longo desses anos.

Lá dentro eu me diverti a beça, mas também chorei pra cacete. Me emputeci quase todos os dias e me senti aliviada outras tantas vezes. Aprendi, ensinei, ajudei, fui ajudada, compreendi, fui compreendida e me transformei numa pessoa melhor.

O saldo final de toda essa jornada foi mais que positivo. Observando e sendo observada, descobri que fazer um bom trabalho é quase o oposto de entregar quem não tem o mesmo ritmo que você. Que vestir a camisa da empresa, definitivamente, não é tentar ferrar quem não segue a mesma linha de pensamento que os outros. Que ser leal com as pessoas que trabalham com você não é passar a mão na cabeça delas o tempo todo. Que pra ganhar um cargo na empresa não é necessário pisar na cabeça de ninguém. E que pra conquistar a confiança dos chefes é preciso, antes de mais nada, conquistar a confiança de quem trabalha ao seu lado.

É isso. Eu devo muito da pessoa que hoje eu sou a todas as outras pessoas que passaram pela empresa. E não falo só profissionalmente. Fiz amigos que vou levar pra vida inteira. Aprendi a ser mais forte. Mais paciente. Mais tolerante. Mais maleável. A ter mais jogo de cintura. E principalmente, a dar mais valor e ter mais orgulho do caráter e educação que eu aprendi com os meus pais.

Saio de lá sendo abraçada pelas pessoas que continuam ali. Só por isso, tantos anos de entrega já valeriam a pena.

Vou sentir saudades dos meus quinze cafés diários...

quarta-feira, julho 20, 2011

Vai ser bem ruim acordar e não encontrar a Jans tomando café na mini cozinha da empresa. Não tentar enforcar a Ana todos os dias. Não apertar os peitos da Jacke todas as noites. Não discutir com o Ted todas as tardes. Não ter crise de riso com a Pri nas horas mais impróprias. Não bater boca com a Fe por causa do facebook. Não fofocar com a Pri-2 depois das 18:00. Não ouvir a Carla reclamando do tanto de açucar e manteiga que eu como. Não ouvir as risadas escandalosas da Géssica. Não ouvir os toc tocs da Aline a tarde toda. Não ficar fazendo charminho pro Danilo todas as quintas. Não fingir que eu odeio o Fabricio todas as segundas e quartas. Não almoçar com a Jade e brigar com elas todos os dia porque ela não come. Não ficar puta a cada meia hora do dia e não dizer que eu estou puta a cada meia hora do dia... Nem parece, mas vai ser bem ruim, bem ruim mesmo.

domingo, julho 17, 2011




Eu ando esgotada esses dias. Correndo atrás de um monte de coisas pra mudar de rumo. Logo eu, quem diria, que tem pavor de mudanças. Deixar pra trás quase uma década de tudo sempre do mesmo jeito não é fácil. Os mesmos horários, as mesmas pessoas, os mesmos relatórios, os mesmos problemas e as mesmas soluções. Não saber como será a sua vida daqui pra frente é bem assustador, mesmo que se ouça de todos os lados que será bem melhor. Não é só a mudança de trabalho que me deixa aflita. O apartamento ficando pronto. O "casamento" chegando. O meu pai ficando cada dia mais dependente de mim. E uma porrada de dúvidas de como eu vou segurar toda essa vida nova sem pirar ou estragar qualquer coisa bonita que eu já tenha construído. E no meio de tudo isso é só abraço dele que me acalma. O do começo. O que não muda. O que vai ser pra sempre o melhor lugar do mundo. Certeza.

domingo, junho 26, 2011

Família Corinthiana,


A hora é de guerra, como tantas vezes se viu acontecer desde 1910.
Dia desses uma conselheira das biscatinhas alienadas atravessou a votação. Não irei adiante em explanações nesse sentido, enfim

É dever nosso, Família Corinthiana, DEFENDER O CORINTHIANS.
E mais ainda, defendendo o CORINTHIANS estaremos defendendo o POVO DA ZONA LESTE.
Muita demagogia está sendo praticada nessa discussão falaciosa a respeito de isenção fiscal e empréstimo através do BNDES.
Nesse segundo item, a anticorintianada MENTE ao dizer que o CORINTHIANS estaria usufruindo de dinheiro público. E isso é a mentira deslavada para pegar trouxa desavisado, posto que, todo empresário que pega empréstimo no BNDES tem que DEVOLVER o dinheiro - COM JUROS.

Por isso, quem vai pagar o empréstimo é a FIEL TORCIDA, no usufruto de um Estádio construído em área carente da cidade, pagando ingresso e utilizando os mais variados serviços que ali serão disponibilizados (GERANDO IMPOSTO e fazendo o município engordar seu cofrinho).

Sobre a isenção de impostos, é importante frisar que, os hipócritas e demagogos da anticorintianada de plantão são levianos ao "cobrarem" "isonomia" no tratamento, por exemplo, do município para com um estádio que nada gera para uma área nobre da cidade (e são dois "estádios" que entram nesse quesito: o antiestádio do privadão, e o chiqueiro destruído).

O Estádio do Corinthians se localiza no CORAÇÃO DA ZONA LESTE, e sua área de abragência quanto à influência econômica que fomentará, nesta área da cidade esquecida pelo poder público desde sempre, nesta área esfolada pela burguesia tratante, é nada menos que um raio de DEZ QUILÔMETROS de seu entorno. Um diâmetro de VINTE QUILÔMETROS.
Isso corresponde do Tatuapé até Ferraz de Vasconcelos, de Guarulhos até Mauá. E nisto tudo está Penha, Vila Matilde, Vila Formosa, etc, etc, etc.
Ou seja, ONDE ESTÁ O POVO que trabalha e faz a economia dessa cidade acontecer de verdade.
Perto do que vai gerar, quando estiver em funcionamento, o montante "abatido" para a construção do Estádio do Corinthians É DINHEIRO DE PINGA.
Isenção fiscal é direito do Povo da Zona Leste, é direito de quem está fomentando a economia do Povo da Zona Leste, e É DEVER DO ESTADO.

Portanto, babaca que "chia" por causa disso é um demagogo hipócrita e participa de uma doença da alma que é a anticorintiania doentia (a inveja é o pior dos pecados, o mais diabólico; e quem odeia o AMOR AO CORINTHIANS é tão malévolo a si mesmo quanto o próprio satanás poderia ser à sua carcaça sem alma).

Para que ninguém duvide de nada, além de ler a NOTA OFICIAL DO CLUBE, leia essa matéria: "Estudo prevê ganho de R$ 31 bi com estádio até 2020."

A GUERRA não é "apenas" PELO CORINTHIANS, mas pelo POVO DA ZONA LESTE.
Imaginem se o Cidadão do Lado Leste pudesse trabalhar em seu bairro mesmo, sem precisar atravessar a cidade (e sem superlotar o transporte público, como por exemplo o Metrô da linha vermelha). Imaginem se a ZONA LESTE, também por conta do Estádio da República Popular do Corinthians, SE EMANCIPASSE, finalmente!
A burguesia da Zona Sul e da Zona Oeste teriam que pagar mais a seus funcionários. Até os bares e restaurantes perderiam clientes, pois o Povo da Zona Leste permaneceria em seus bairros, com a economia girando em torno dele mesmo.

Ah, burguesia... O CORINTHIANS SEMPRE VAI VENCER essa mesquinharia, essa mixórdia com que a elite tacanha e usurpadora do poder público corrompido sempre agiu perante NOSSO POVO.
E se há um estádio rentável a acontecer no mundo, este não é o de algum timinho inglês, espanhol ou italiano, a custos europeus exorbitantes, mas o Estádio de Itaquera, muito barato perto do que ele proporcionará AO POVO.
E se há uma obra da qual será praticamente impossível desviar verbas, essa é a obra do Estádio de Itaquera. Não porque a mídia abutre vai ficar inventando mentiras e maldizendo, até que esteja pronto, mas porque NENHUMA AUDITORIA É MAIS COMPETENTE QUE A PRÓPRIA FIEL TORCIDA.

É GUERRA, FAMÍLIA CORINTHIANA!
É GUERRA, como sempre foi GUERRA, desde 1910.
É GUERRA PELO POVO!
É A ETERNA GUERRA DO CLUBE DO POVO, contra essa gentalha detratora, contra o poder público corrompido pela elite escravocrata, e se a UNIÃO DO POVO acontecer desde já, de forma contundente e sem precedentes (a Revolução Corinthiana Permanente de 1913 se orgulharia disso), arrisco dizer que nem a famigerada Copa do Mundo irá destruir nosso Futebol.


O medo da anticorintianada é que o CORINTHIANS não permita a morte de nosso Futebol, também - e este é o recado para a anticorintianada mais "consciente", menos imbecil, mas ainda assim, anticorintianada doentia.


É GUERRA!!!
PELO CORINTHIANS, PELO POVO, COM MUITO AMOR, ATÉ O FIM!!!


Do blog "Anarcorinthians".

domingo, junho 19, 2011

Eu adoro quando você toma a frente das situações e paga os micos no meu lugar.
Adoro quando você passa um frio do cacete só pra seguir a risca as minhas superstições.
Adoro quando você passa dos limites na bebida e quer me obrigar a gostar do som dos anos 80.
Adoro quando você chega em casa quase meia-noite, liga a tv todo animado pra ver um filme e dorme 5 minutos depois que o filme começa.
Adoro quando você aparece como coadjuvante na TV e fica zangado quando eu mostro o vídeo pra todo mundo.

Adoro lembrar de todas essas coisas quando você está longe e soltar aquela risada gostosa e safada que perdeu o som diante de todas as outras pessoas do mundo que não sejam você.

Fim de semana doce de casal feliz. Um beijo.

domingo, junho 12, 2011





Somos o casal mais feliz do planeta.
Porque nunca desistimos de correr atrás dos nossos sonhos. Porque, apesar dos pesares, ainda nos olhamos todo os dias e nos enxergamos, como da primeira vez. E porque se, aos 90 anos, pudessemos voltar no tempo, nos escolheríamos novamente e novamente e novamente...


Eu não acredito em anjos, mas "amém".

domingo, maio 22, 2011

Tô meio bestinha hoje,






Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses,
todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente.
Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo
desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.


Tati Bernardi, acho.

sábado, maio 21, 2011

Carpinejar me deu um soco no estômago essa manhã,


Mãe não tem igual. Eu não dormia fácil de pequeno, com aquele resmungo de cólica. Minha mãe me carregava no colo, me segurava pela barriga, e não me aquietava. Recusava bico, leite, conforto espiritual. Desdenhava da cama, do móbile, do carrinho, do andador. Aflita, ela pegava o carro e me levava para passear de madrugada. Na terceira quadra, me entregava ao sono. O carro foi meu segundo ventre. Até hoje quando sento no banco de trás, eu fecho docemente as pálpebras. É o único lugar em que fico em silêncio.

Não me apresentei: sou o filho preferido de minha mãe. Meus irmãos também acham que são os filhos preferidos. Ela criou todo filho como se fosse único. Para cada um separava uma cantiga de ninar e um segredo. "Não conta para ninguém, tá?", ela me alertou. Como eu não falei para meus irmãos, nem meus irmãos falaram para mim, ninguém sabe qual o segredo que é meu, qual o segredo que é deles. Vários segredos juntos formam um mistério. É um problema quando estamos reunidos. Eu acho que ela cozinhou para mim, os outros também acham. É um problema quando estamos longe. Eu acho que ela só ligou para mim, os outros também acham.

Ela reclama imensamente de mim, nunca está satisfeita com o que eu faço. Penso que somente reclama de mim, reclama da família inteira na mesma proporção. Assim como divide um doce de forma igual. Assim como divide o pão em fatias gêmeas. Mãe não tem dedos, tem régua. Reclamar é sua lista de chamada. Reclamar é um jeito disfarçado de sentir saudade. No fundo, torce para que eu me distraia de uma de suas regras. Ela aponta a louça para lavar, e logo limpa a pia. Ela pede uma carona, vou me arrumar, já tomou um táxi. Nunca pede duas vezes. Ou ela é rápida demais ou eu demoro. Na verdade, ela é rápida demais e eu demoro.

Mãe é gincana. É agora ou nunca. Nem invente de responder nunca para ela. Sua reclamação tem virtude, sua reclamação é um quarto privativo, reclama só para mim. Para os demais, me torna muito melhor do que sou. Não me elogia para mim porque não quer me estragar. Tem esperança de que não me estraguei. Ela vibra quando encontra algo que não fiz. Inventa necessidades para ser reconhecida. Atrás da mínima palavra, pergunta se eu a amo. Ela escreve isso com os olhos, eu leio isso em seus lábios.

O que a mãe mais teme é ser esquecida. Não tem como: mãe é a memória antes da memória. É a nossa primeira amizade com o mundo. O que parece chatice é cuidado. Cuidado excessivo. Cuidado a qualquer momento. Cuidado a qualquer hora, ao atravessar a rua, ao atravessar um namoro. Para o nosso bem, repete conselhos desde a infância. Para o nosso bem.

Repetir o amor é aperfeiçoá-lo.

Mãe não cansa de nos buscar na escola, mesmo quando não há mais escola. Mãe não cansa de controlar nossa febre, mesmo quando não há febre. Mãe não cansa de nos perdoar, mesmo quando não há pecado. Mãe não cansa de nos esperar da festa, mesmo quando já moramos longe. Mãe se assusta por nada e se encoraja do nada. Entende que o nosso não é um sim, que o nosso sim é talvez. Avisa para pegar o último bolinho, o último bife, em seguida arruma uma marmita para o lanche da tarde. Mãe tem uma coleção de guarda-chuvas prevendo que perderemos o próximo. Está sempre com a linha encilhada na agulha e caixinha de botões a postos. Conserva nosso quarto arrumado como se houvesse uma segunda infância. Mãe passa fome no lugar do filho, passa sede no lugar do filho, passa a vida guardando lugar ao filho. Mãe é assim, um exagero incansável. Adora chorar de felicidade nos observando dormir. Minha mãe chorava quando finalmente descansava no carro. Ela sussurrou o segredo, disse que eu era seu filho favorito. Não fofoquei para meus irmãos, não pretendia machucá-los. Eles também não me contaram que eram os favoritos dela.


Mãe é o início de tudo.

sábado, abril 23, 2011

Ao melhor presidente que o Corinthians já teve,

Parábens, Juvenal.
Você foi, sem dúvida, o melhor presidente que o Corinthians já teve.
Explico.

Tudo começou quando, cansado de ver a Fiel invadir o Morumbi, você resolveu dar só 10% dos ingressos para os torcedores do Timão. A idéia era ter maioria no próprio estádio. Não dividiria o estádio nunca mais com a Fiel, já que por várias vezes os tricolores eram minoria. Independente do inquilino preferencial, ter 5 das 10 maiores arrecadações do Morumbi, seria o momento de passar por cima do Corinthians.

Seria o momento de fazer valer o projeto do Casares de ter em 10 anos a maior torcida do Brasil.

Na sua imaginação o Corinthians ficaria sem estádio, o Morumbi seria reformado para a Copa de 2014, obras seriam feitas no entorno do Morumbi, o SPFC cresceria 100 anos ante à concorrência, ganharia os maiores contratos de TV, faria os melhores contratos de camisa, mandaria no futebol brasileiro via C13 e com o melhor CT do Brasil a torcida tenderia a crescer.

A idéia era genial.

Só que o inquilino acordou. O inquilino estava mal acostumado com os mimos que recebia. Caiu na real ao notar que estava subsidiando o SPFC. Foi o que bastou. Sem casa para jogar, sem CT, sem poder político no C13 e só com a torcida.

Você viu no que deu, né? Graças a você, Juvenal, nós fizemos um CT muito melhor. Graças a você, nós vamos construir nosso estádio. Graças a você, nós vamos abrir a Copa 2014. Graças a você, nós temos o maior contrato nas camisas. Graças a você, nós temos o maior contrato de TV. Graças a você, implodimos o C13. Graças a você, os outros dirigentes querem criar uma nova Liga com o Andrés como presidente.

Parábens, Juvenal. Você foi o melhor presidente que o Corinthians já teve. A Gaviões está pensando sèriamente em fazer de você o homenageado do próximo carnaval.



Tava no Lance. Numa das crônicas de lá. Não tenho culpa.
Pra muitas coisas eu sou careta e vou ser assim até o fim da vida. Sabe aquela música "tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda"? Já foi o meu hino, hoje eu passo. Tá certo, já fiz coisas ilegais. Imorais. E que engordam. Na verdade, hoje em dia fico só com as que engordam. Isso é perigoso, eu sei. Mas vamos ao ponto principal: Me tornei careta.


Não me drogo (oi, cigarro e café em excesso não entram na minha conta), não saio por aí caindo de bêbada, não danço quase pelada em boate, minha família não têm motivo para ter vergonha de mim. E o principal: eu não tenho motivo para ter vergonha de mim.


Vou falar a verdade (posso?): não curto muito essa galerinha rebelde com ou sem causa. Me cansam. Sinto uma preguiça danada. Tem gente que adora posar de doido, maluquete, rebeldinho, uhu, eu faço e aconteço, minha vida é uma loucura, sou louca, minhas amigas são loucas, nos divertimos horrores, minha vida é uma festa que não tem hora para terminar nunca, é tudo muito surreal e sou o máximo. A vida de ninguém é legal o tempo todo. Não acredite nessas falsidades. Ninguém é tão legal assim, tenha certeza. Eu de vez em quando sou uma escrota desgraçada da porra. Você também deve ser. E tudo bem, assim vamos vivendo e tentando melhorar. Só não me venha com aquele papo de que você é muito isso e muito aquilo, pra mim não cola.


Fico chocada quando vejo as pessoas anunciando aos quatro ventos o quanto adoram a os antidepressivos, são professoras de sexo e blábláblá.

Carentes? Muito.
Sem noção? Com certeza.
Imbecis? Ao extremo.

Certas coisas são só minhas, certas coisas são só suas, certas coisas a gente deixa em um cantinho. Outras tantas ficam só na sala do psiquiatra. Deixa assim, deixa quieto, não sai por aí falando que faz isso ou toma aquilo que não é legal nem cool. O pior de tudo é ver que essa gente tem fãs malucos que dizem amém para tudo. Vergonha, muita vergonha alheia.


A gente acaba acreditando em algumas mentiras. Já ouviu isso antes? Conhece essa história (tenho certeza que sim!). Funciona da seguinte maneira: um dia você diz que é linda ou inteligente. E diz por aí "disseram-que-sou-linda-disseram-que-sou-inteligente". O boato é criado, espalhado mil vezes e vira verdade, mesmo que não seja. Pronto, surgiu o rótulo. E você pode ter cara de traveco ou ser uma baita falsa. Mas vão te achar linda e inteligente. Tem gente que cria boas histórias (e isso rende bons frutos, mas um dia, meu amigo, a máscara desaba.


A turminha descoladex não faz a minha cabeça. Insisto e insisto e insisto nisso. Minha vida é só minha. E a sua devia ser só sua.





Do blog da Clarissa Côrrea. Achei tão "eu escrevendo" que adaptei algumas palavras minhas... Com toda licença poética a autora do texto.

segunda-feira, abril 18, 2011

Quando a gente gosta muito de uma pessoa acaba relevando as contradições que aparecem no meio do caminho. Mas isso é chato pra caramba. Mais que chato, é triste. Não são as mentiras que minam um história bonita, são as dúvidas.
Nem sempre eu tenho coragem de dizer o que eu tô sentindo, eu fico ali, parada, esperando a pessoa perceber. Nem sempre a pessoa percebe. Nem sempre dá tempo. Nem sempre é algo que não tem solução. E o "nem sempre" é muito vago quando foram todas as certezas que construíram uma história.

Sei não, acho que eu ando um tanto-muito melancólica.

domingo, abril 17, 2011

Domingo difícil. Enxaqueca antes das 8 da manhã. Um sol de fritar ovo no asfalto. Eu em casa, sonhando com o despertador que vai tocar amanha as 5 da madrugada e com a faxina em doses homeopáticas, que começa na segunda e só termina na sexta por causa da merda da falta de tempo. Nem um pouco animada com o feriado prolongado e sem nenhum plano para os próximos 30 dias. A vida anda um porre, eu nem sei mais o que eu ainda consigo considerar uma válvula de escape. Tá tudo meio cinza, uma saudade avassaladora e uma vontade maior de que as coisas fossem do jeito que eu planejei. Estar sem vontade de fazer as pazes com o mundo é pior do que blasfemar contra ele.

sábado, abril 16, 2011

Nem sempre as pessoas são do jeito que queremos que elas sejam. Aliás, quase nunca são. Ou melhor, nunca são. Esperamos demais dos outros, sonhamos alto demais, fazemos planos ilusórios demais, só para que no auge de tudo, possamos descobrir que cada um tem a sua maneira de lidar com as situações que a vida nos empurra garganta abaixo. Gostar, gostar mesmo de verdade, deve ser alguma coisa parecida com não criar expectativas. É bom não ter planejado o futuro quando ele chega. É como se tivessemos pregado uma peça no mundo. Até porque, o que o mundo faz de melhor é reescrever a nossa história sem dar a miníma para o nosso ensaio. Todos os dias.
É estranho, mas eu já fui saudável. Não fumava, não bebia, dormia bem, comia direitinho e fazia atividades físicas todos os dias. Isso já tem quase dez anos, que fique claro, mas essa época existiu. Aí, eu exagerei na dose, com toda essa mania de "geração saúde", virei uma bitolada por estética, fui parar no hospital e o resto da história quase todo mundo já conhece.
Eu me curei e comecei a fumar. Bebia toda vez que saía pra me divertir. Saía quase todos os dias. Comecei a comer só besteiras, parei com a academia e dormia menos de quatro horas por dia. Aí, eu exagerei na dose, com toda essa mania de "rebelde sem causa", virei uma bitolada por transgressões, me estraguei inteira e o resto da história quase todo mundo já conhece.
Hoje, eu continuo fumando, bebo bem pouco, saio só nos fins de semana (isso quando eu estou no pique), só durmo pouco por questões de trabalho, como razoavelmente bem e continuo longe de academias. Dizem que eu achei o equilíbrio. Externamente, me sinto melhor. Só isso que mudou. Cada vez menos acredito nesse papo de "corpo são, mente sã". Podemos ser a pessoa mais equilibrada do universo, mas a vida faz questão de nos desequilibrar diariamente. As coisas mais terríveis e as mais bacanas da nossa vida sempre acontecem quando não estamos preparadas. Cuidar do corpo é importante. Estar com a saúde em dia é ótimo, a maioria diz que é o principal. Mas como se previne os terremotos da alma?

Sei lá porque escrevi isso tudo. Acho que o meu relógio biológico anda apitando alto demais.. Dizem que antes de ouví-lo preciso parar de fumar e operar o meu pé. Só isso me tornará preparada pra amar incondicionalmente?

quinta-feira, abril 14, 2011

Eu tenho bons e verdadeiros amigos no trabalho. Pensei nisso hoje, no momento exato em que eu fui arrumar a minha carteirinha e encontrei um bilhetinho da Jacke lá dentro. Um bilhetinho de "até logo", já que, por decisão da empresa, fui deslocada pra outra cidade por um tempo. Mas eu volto, ah se volto.
Lembrei da Jans, dizendo hoje, que todo mundo quer que eu volte logo. Da Fer, me abraçando com saudade. Da Aline, me ligando só pra dar oi. Até do Ted eu lembrei, contando que eu tava fazendo falta em Suzano. Sei lá, é tão bom se saber querida, principalmente no mundo coorporativo, onde é gente querendo a cabeça de gente o tempo todo. Não faz nem duas semanas que eu tô em Mogi e já teve bastante gente me contando que tá torcendo pra que eu fique por lá. Gente que sobre no meu andar pra me ver, gente que faz "festa" quando me encontra, gente que muda o horário de almoço pra almoçar comigo... E olha que eu não sou nenhuma rainha da gentileza.

É bacana saber que não é preciso fazer tipo pra ser querida. No mundo de hoje, em que ter mais é ser mais, é bem bacana perceber que ser você mesmo é o suficiente.

quarta-feira, março 30, 2011

Amor,

Que você siga decifrando cada uma das minhas pequenas transformações, como mágica.
Que continue a ler em braile a invisibilidade das minhas aflições.
Que queira me fazer feliz, não para mostar aos outros o quão feliz é quem está ao seu lado, mas que o faça pelo prazer de me ver sorrir. Encantadoramente espontâneo. Que continuemos a completar frases um do outro.
Que consigamos desvendar intenções alheias em um só olhar, para que possamos nos proteger de qualquer forma não sincera de aproximação.
Que saibamos que somos especiais como indivíduos e o quanto isso nos torna uma conjunção escrita em caixa alta.
Que eu saiba que um dia, dentro de um humilde embrulho, você tentou me dar o mundo. E conseguiu.
Que toda vez que o meu olhar percorrer cada parte do teu corpo você leve contigo a suavidade do meu toque.
Que eu descubra, conheça e decore-o inteiro, em sua completa peculiaridade, para que eu possa sempre acessar sua anatomia em meus arquivos de memória afim de minimizar a angústia da saudade que eu sinto quando eu não estou amparada nos teus braços.





Eu roubei o texto do blog de uma garota que eu "conheci" na comunidade do Caio Fernando. Não sei se o texto é dela, nem sei se o texto já é bem conhecido, batido, velhinho e essas coisas todas que circulam na internet. Mas pouco importa. É lindo e é como se eu tivesse escrito pro moço que me faz acreditar que no fim tudo dá certo, mesmo quando (Como diria o Moska) ainda estamos no ínicio do que vamos ser.

terça-feira, março 29, 2011

Renato é o cara que me ensinou, na marra, a apanhar da vida e permanecer em pé. Renato é o cara que me encantou em menos tempo de convivência. Renato é o cara que me fez desacreditar um pouco daquele lance que dizem sobre a admiração não resistir a proximidade.

Renato é a cara do paradoxo humano.

Consegue, como poucos, despertar nos outros a vontade de arregaçá-lo para em seguida pegá-lo no colo. Ele já me convidou para um passeio de balão e me jogou lá de cima, direto para o inferno. E apesar das muitas feridas que isso causou, a queda não foi suficiente pra quebrar o tanto de coisa boa e bonita que eu enxergo quando penso nele.

No fim das contas, aos trinta e poucos anos, ele só um menino, aquele menino que eu adoraria ter conhecido no aniversário de dez anos, ou no ápice da adolescência. Aquele menino que eu queria ter conhecido antes de tomar tanta porrada da vida. Aquele menino que eu, de qualquer jeito, gostaria de ter conhecido se eu já não o conhecesse tão bem.

Hoje é o dia do aniversário dele, poderia não ser, a mensagem seria a mesma. Em qualquer dia de qualquer ano.

Um beijo,

quarta-feira, março 23, 2011

O câncer do meu mundo é a imaturidade. Certeza.

Não existem pessoas totalmente boas, nem tão pouco, pessoas totalmente más. Alguns irão dizer que existem pessoas com desvio de caráter. Oras, o que é desvio de caráter? Desvio de caráter todos temos, em algum momento da vida. Ninguém é tão santo que nunca tenha cometido um deslize, seja por impulso, seja contaminado pela raiva, por ingenuidade ou pela simples vontade de foder alguém. Logo, cheguei a conclusão que imaturidade é o que há de mais triste e feio no ser humano. As pessoas sentem inveja porque são imaturas, as pessoas falam mal das outras porque são imaturas, as pessoas tomam atitudes "duvidosas" porque são imaturas. Simples, bem simples. As pessoas que me cercam eu escolho a dedo. Tenho carinho por todas, mas 90%delas não são maduras o suficiente pra entender um "não pode", "não deve", "não é assim", ou apenas olhar em volta e aceitar que o mundo, apesar de redondo, tem muitas esquinas, e essas coisas todas filosóficas.

Por que eu escrevi esse post? Sei lá, desabafo. Tô meio cansada de ver gente que não merece tomando "lapada" por conta da falta de maturidade alheia. Principalmente no meu trabalho. E o mais chato disso tudo, é que, geralmente, quem é maduro costuma ser bacana o suficiente pra não jogar a merda toda no ventilador.

O mundo não é justo, eu já disse isso aqui?

quarta-feira, março 16, 2011

Eu tô bem nervosa hoje. Primeiro porque aconteceu uma porrada de coisa errada no meu trabalho. Segundo porque as pessoas que fizeram merda acham mesmo que "tá tudo bem, tá tudo certo". E terceiro porque eu vejo tudo acontecendo e sou praticamente obrigada a ficar quieta pra não alimentar a minha fama de encrenqueira, barraqueira e dona da verdade.

Alô, pessoas! A minha reação depende da ação que acontece ao meu redor. Todos os meus barracos nascem do meu senso de justiça. Do meu, entendem? Eu nunca vou pro "pau" sem ter um argumento plausível pra apresentar. O problema, e muita gente já fez questão de me dizer isso, é que eu os uso com tanta firmeza que parece não haver outra opção a não ser dizer "amém" pra minha voz. Eu não deixo pra lá o que eu julgo errado. É o meu jeito de encarar os problemas. Não nasci pra fazer cara de paisagem, sorry. O meu silêncio, quase sempre, me mata de câncer. Morri poucas vezes nessa vida, mas morri, e garanto, não valeu a pena.
A minha prepotência existe. Assim como a minha arrogância. Mas que fique bem claro, os meus maiores erros nunca foram cometidos quando eu agi impulsionado por elas.
E olha que eu até já aprendi a pedi perdão. No século passado.

terça-feira, março 08, 2011

Ele toma a última cerveja 354 vezes, mesmo quando eu quero ir pra casa antes mesmo da primeira. Eu morro de frio e dor no estômago, ele fica puto quando, em um ímpeto de raiva, eu jogo metade da cerveja dele no canteiro. Ele concorda com os meus amigos quando os meus amigos querem me deixar sem razão. Ele come pizza gelada com refrigerante quente no café da manhã. Ele joga almofadas na minha cara quando eu peço parabéns pelo dia das mulheres. Ele não quer viajar no nosso raro feriado sem preocupação, por causa do trânsito. Ele reluta em sair de casa, depois que sai, não quer mais voltar. Ele consegue fazer tudo isso em um único carnaval. Um carnaval suficiente pra me dar a certeza absoluta de que ele é do tipo que nunca quer ir embora. Que nunca quis ir embora. Que nunca me deixou ir embora.

Eu poderia me encher disso e jogar nosso "tudo" pro alto, mas o nosso relacionamento é feito da paixão que sentimos um pelo outro quando somos ainda mais imperfeitos.
Como disse, sabiamente, Masili (Um amigo das antigas dele)

"Casamos nossos defeitos. Implementamos qualidades."

E fomos indo assim, e estamos indo assim e somos indo ainda mais assim. Juntos.



domingo, fevereiro 13, 2011

Eu sempre acreditei que o amor não era pra mim, como se o amor escolhesse aqueles que, sem pestanejar, dariam a própria alma pela felicidade de alguém. Na verdade, eu cresci sendo muito egoísta pra pensar em outra pessoa com a mesma intensidade e verdade com que penso em mim. Juntando esses e outros fatos eu era vista como uma pessoa fria, que se afastava na primeira oportunidade de um encontro. Recuava quando um carinho se aproximava. E quando já não tinha mais forças fisícas pra ir embora, colocava em práticas jogos emocionais que me tornavam a pessoa mais cruel do mundo e desistimulava até a vontade do papa de ficar por perto. Pensava mesmo que indecência era abrir mão de suas defesas por um par de olhos doces. Mas o inevitável é sempre mais forte que o improvável. E o destino só serve mesmo pra desfazer nossas convicções. Não sei como eu estaria hoje se ele não tivesse sido tão paciente com os meus truques , meus amigos dizem que já sabiam, desde o momento em que ele sentou, ao meu lado, na nossa mesa, que a vida tinha me dado, carinhosamente, um tapa na cara. Acho mesmo que eu esperei esse tapa por vinte e poucos anos. Agora, sei que o amor sempre esteve lá pra qualquer um, o tempo todo, eu só tinha que escolher me abrir ou não pra ele. E no momento exato em que a gente decide fechar todos os cadeados, frestas e fechaduras é que ele tira forças das vísceras pra arrombar a porta. Não se protege a alma da felicidade.

E depois de tanto tempo daquela primeira vez e de tanta certeza que muitas outras vezes virão eu ainda me pego cheirando a camiseta que ele esqueceu no meu quarto no último fim de semana.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Eu esperei 25 anos pra entender o que é sentir cumplicidade, desejo, amizade, admiração, carinho e respeito ao mesmo tempo por uma mesma pessoa. Eu esperaria 100, 200, 300 anos se eu soubesse que um terço disso tudo que a gente tá vivendo me faria tanto bem.

Eu te amo um monte de tudo.

domingo, fevereiro 06, 2011






Antes de começar meu relato, quero deixar claro que entendo o que é ser corintiano e respeito o que isso proporciona aos nossos corações! Jogar no Corinthians é diferente de tudo. É respeitar uma cultura, é como ser chamado para a guerra para defender uma nação.

Ontem, ficamos quase uma hora para sair do nosso local de trabalho, porque torcedores protestavam e ameaçavam qualquer um que esboçasse aparecer no estacionamento do clube. Hoje, saímos escoltados por uma barricada de policiais que tentavam impedir que os protestantes jogassem pedra no ônibus. Bombas de gás lacrimogêneo foram jogadas contra esses que tentam destruir o patrimônio do clube que dizem amar. É paradoxal! Não quero minimizar esse sentimento, mas essa demonstração de amor é que é difícil de entender.

Por outro lado, acho válido protestar, reivindicar mudanças e melhoras, exigir alternativas para o crescimento daquilo que amamos. Mas para isso, há a necessidade de saber pra que e por que se está protestando. Se for uma simples forma de descontentamento e oposição, não vejo resultados que ajudem o time a levantar nesse momento.

Contestar mudanças para o bem do clube, tirar esse ou aquele jogador, ou até mesmo trocar todos os jogadores se for necessário, é valido e essas questões devem ser discutidas. Mas passar do protesto para agressão física ou ameaça, não levará o time a lugar nenhum, ou no máximo, o levará ainda mais para baixo.

Gostaria que essas mesmas pessoas que fazem esses protestos se mobilizassem também em prol do Brasil, e tivessem um sentimento de lutar pelo desenvolvimento da nossa pátria. Talvez dessa forma, sairiam às ruas para protestar contra políticos, mensalões, Erenices, enchentes e salários de deputados e senadores.

Gostaria que eles não aceitassem as condições de vida a que somos expostos, a educação e o transporte público precários a que somos submetidos diariamente e consequentemente, que parassem de depositar toda a sua alegria e esperança nos seus times do coração. Quando eles perdem ou fracassam, toda sua expectativa de ser feliz se escoa pelo ralo, gerando raiva e insatisfação, como se toda sua miséria, dor e dificuldade fossem causadas por aquela derrota.

A política do pão e do circo continua dando frutos no nosso país. Os governantes ludibriam o povo, e os fazem acreditar que comida e diversão são suficientes para que as pessoas não se envolvam com questões de governo. Esses que estão sobre todos nós, extrapolam e apoiam os esportes e as conquistas para que esse efeito “tudo está bem se o futebol estiver bem” seja uma verdade absoluta, sem se importar com o crescimento do país e do povo pelo qual foram escolhidos a defender.

Se analisarmos os baderneiros froidianamente, creremos que eles não têm tanta culpa por suas atitudes, já que estão com vendas sobre os olhos, reagindo aos seus próprios costumes, como um efeito cultural. Analisando pela esfera de quem acredita no direito à opinião (e foi por isso que criei o blog) não consigo enxergar de outra maneira senão pensar que esses não são verdadeiros torcedores corintianos. Penso que os verdadeiros apaixonados amam o clube sem egoísmo, sem exigir nada em troca, como o sentimento de um pai por um filho ou de um homem por sua mulher. Os pais ficam tristes quando um filho repete de ano, mas nem por isso o agridem (apesar da tristeza). Pelo contrário, lhe dão forças e ferramentas para que ele possa superar aquela dificuldade.

Amar o Corinthians quando o Corinthians ganha, é gostoso. Amar o Corinthians quando tudo está bem, é fácil.

Mas nenhum clube de futebol vive só de títulos!

A derrota é amarga, não só para a torcida, mas para todos os envolvidos. Para o torcedor, seu time de coração perdeu e isso é revoltante, eu entendo. Mas para quem está lá dentro, é um fracasso pessoal e profissional.

A torcida entoa hinos de “maloqueiro e sofredor, graças a Deus” reconhecendo que muitas vezes ser torcedor não é uma tarefa fácil. Indubitavelmente, todos admitem que os 23 anos de fila, exterminados em 77 com o gol de Basílio, fizeram bem ao clube (apesar de todo o sofrimento), pois tornou apaixonada a sua torcida, diferente de qualquer outra já existente no planeta.

Lembremos da história, façamos dela um professor para o que está por vir. Utilizemos a derrota para fortalecer nosso clube e o amor que sentimos por ele. “Teu passado é uma bandeira, teu presente uma lição”. Não vamos parar de lutar. Aqui é Corinthians.



Paulo André, zagueiro do Corinthians, em seu blog.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Oi, povo! Eu, finalmente, aderi ao mundo moderninho da nova tecnologia e criei uma página no facebook. É mega estranho, em questão de minutos você fica sabendo sobre a vida das pessoas que estão no seu círculo. E o mais "escalafobético", você tem total permissão pra se meter no que eles estão pensando. Achei engraçado, sei lá. Gente que você não vê faz quase uma vida de repente tá lá, sabendo o que você vai fazer no fim de semana, as citações que transmitem o que você tá sentindo, as suas fotinhos recentes, essas coisas e tal. A invasão de privacidade virou lei na terra do teclado, estamos todos condenados ao julgamento alheio e o pior, nos divertimos quando somos julgados. Talvez isso seja uma espécie de carência coletiva, onde virar "roteiro" é uma milhão de vezes melhor do que ser ignorado.

E lá se foi o tempo em que o silêncio era mérito, pra não dizer o grande prêmio.

sexta-feira, janeiro 21, 2011




Eu tinha lido por aí que lua e sol deveriam ficar em mapas astrais. Nunca em poemas. Mas talvez os dois tenham rasgado o concreto enquanto você dormia. Eclipses existem. Mas é preciso olhar pro céu, baby. Daí eu limpo meu nariz nas lembranças só pra ter a sensação de que até o pior de mim ficou escorrendo em outras peles. Naqueles minutos em que a brevidade de um farol vermelho, estranhamente, nos faz andar. Eu nem preciso mergulhar nesse mares castanhos que me molham pra sacar que determinadas palavras já estavam a deriva, tocando a minha superfície. Talvez eu nem me sinta livre. Mas uma boca afrouxou todas as cordas.

Fábio Reoli
Agora quando eu quiser dizer que te amo, vou berrar pra ver se você entende. Vou arranjar um bom motivo ou um motivo péssimo pra te provar, que ainda é tempo de desistir. Vou arrumar uma briga, pra deixar tudo bem claro aqui. É assim que vou dizer o quanto você é maravilhoso e importante pra mim. É assim que vou desfiar todos os elogios que eu gostaria de fazer e não consigo - entre berros e palavrões. Vou bater a porta do seu carro e assistir você dobrando a esquina. Vou te ligar a cobrar de um telefone público na madrugada, completamente bêbada, pra ver se você entende de que laia eu sou. Eu vou te contar! Vou te dizer por onde eu andei e gastar com você bons cinquenta e oito por cento do meu potencial de escrotidão. Vou te dizer que eu sou uma bosta. Vou fazer tudo isso, tentando passar pra você o medo que eu tô sentindo. Eu quero que ele te contamine. Súbito, meu brightside surge te oferecendo a possibilidade de calcular o buraco em que tá se metendo. Você não corre. Vou quase implorar pra você me abandonar. Vou fazer tudo isso, porque eu já não posso mais. Eu sei. Eu vou me foder.
(...) O dia começa assim: A luz do sol escorrendo das persianas. O vento de inverno se esgueirando pelas frestas, até a cama. Até nossas cabeças. Luz e vento tocam minhas pálpebras que se abrem devagar, rolando frias sobre meus olhos que estranham a temperatura do dia lá fora. Aqui dentro, sinto seu coração batendo nas minhas costas. Sua respiração nos meus cabelos esparramados no travesseiro. Pego o celular que histericamente me avisa que tenho excesso de mensagens de texto na caixa de entrada. Agora apago-as uma a uma, para não perder aquela em que você disse que me amava pela primeira vez. (...)

(Wanessa Rudmer)

Ela é tão docinha, né?
Ele olhava para além do teto, olhava a senhora parada na porta do bar na noite anterior.
"O olhar não envelhece, já reparou? O olhar é a única coisa que não envelhece".

Eu olhava o menino deitado ao meu lado vestido de milênios, de tanto tempo que gente de carne não pode contar, segurando minha mão e me dizendo: "Tá na cara que temos alma."



Wanessa Rudmer

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Eu sempre fico intrigado com a separação amigável. É a que mais machuca na verdade. Porque não há catarse, explosão, exorcismo. É um acordo contido, vizinho de porta da indiferença. Aceitam que não deram certo e tomam caminhos contrários. Ajudam inclusive na mudança. Não se importam muito em perder o futuro a ponto de jorrar culpa e maldizer os bons modos. Quer algo mais irritante do que alguém educado numa despedida? A vontade é chacoalhar os ossos do vivente. Que seja cínico, nunca educado.

Chorar não significa remorso, a gente chora para atacar, para constranger, é uma violência, não há nenhum lamento.

Não concordo com a teoria que é melhor acabar antes do ódio. Eu somente acabo quando odeio e ainda assim devoro todas as sobras, testo a paciência. Não deixo nada no prato, raspo com a colher. Odiar é uma rara chance de reconciliação.

Acúmulo de respeito não é amor. As pessoas se respeitam tanto que se anulam. Não discordam mais, não se provocavam mais. Aceitam tudo. Mergulham numa amizade assexuada, previsível, certa como um expediente. Elas não mudam, apenas enjoam da representação. A cordialidade também tem um limite. Por vezes, reprimimos o nosso temperamento para agradar, chega uma hora em que o sim é um hábito e não nos deslumbramos mais com as diferenças. Quando não aparece a conta mensalmente, é certo que virá o despejo.

O amor não é para os equilibrados. Não somos feitos para nos encaixar, mas para arrebentar as caixas. Mesmo quando não tenho razão, eu teimo. Até para que o outro desenvolva melhor seus argumentos.

Seduzir é cutucar, esbarrar, encher o saco, expor as fantasias, ensaiar aproximações novas, não desistir da personalidade, contrariar as expectativas, fazer drama para despencar na comédia. Ser natural. A admiração pede exclusividade. O desejo depende do conflito.

Ser a melhor pessoa é uma ofensa para mim. O que eu sempre quero é ser a pessoa predileta. A pessoa necessária.


Carpinejar

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Eu tô de férias. Eu nem disse, né? Pois é, eu tô. Férias só do trabalho, a minha vida continua sem pausa para o descanso. O pior é que agora a minha cabeça resolveu seguir o ritmo do meu corpo. Atropelando tudo o que vê pela frente. Uma confusão que eu não saberia explicar sem sentar e chorar. Aliás, eu tenho tido uma vontade insuportável de fazer isso. Todos os dias.

Sei lá, eu lembro de ter me sentido assim uma vez na vida, mas naquela época eu nem tinha motivo.

Merda.

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Tão pouco tempo e já temos uma vida inteira de lembranças lindas pra guardar.

É o meu sorriso mais doce no dia de hoje, meu bem.