quarta-feira, setembro 02, 2009

Estou, desde ontem, pensando em como é gostoso lembrar de uma música e se emocionar. Mesmo as músicas mais antigas, aquelas que nem lembramos mais o motivo de gostarmos tanto. Eu me emocionei ontem com uma música que nunca foi a minha preferida, nunca a ouvi incansavelmente, nunca me foi inspiração pra escrever um texto, uma carta ou uma declaração. Mas de tantas e tantas músicas que mexem comigo, essa é, sem dúvida, a única que eu sei o momento e o motivo exato em que se tornou parte da minha história.

"Ontem à noite, eu conheci uma guria...",

Eu precisei de sete palavras de uma canção pra decidir entre saltar no escuro ou recuar. Sete é um número de sorte, dizem.
E eu acreditei nas nossas probabilidades.





O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde, eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor.

O que você não pode, eu não vou te pedir.
O que você não quer, eu não quero insistir.
Diga a verdade, doa a quem doer.
Doe sangue e me dê seu telefone.

Todos os dias eu venho ao mesmo lugar,
Às vezes fica longe, impossível de encontrar
Mas, quando o Bourbon é bom
Toda noite é noite de luar.

No táxi que me trouxe até aqui Willie Nelson me dava razão,
As últimas do esporte, hora certa, crime e religião.
Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução.

Toda vez que falta luz,
Toda vez que algo nos falta
O invisível nos salta aos olhos,
Um salto no escuro da piscina.

O fogo ilumina muito por muito pouco tempo
Em muito pouco tempo, o fogo apaga tudo.
Tudo um dia vira luz.
Toda vez que falta luz
O invisível nos salta aos olhos.

Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia.
Era o princípio num precipício.
Era o meu corpo que caía.

Ontem à noite, a noite tava fria
Tudo queimava, mais nada aquecia.
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

Eu conheci uma guria que eu já conhecia
De outros carnavais com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

terça-feira, setembro 01, 2009

Agosto se foi, e pela primeira vez em muitos e muitos anos, fez jus a lenda de mês do cachorro louco.
Estresse, trabalho, correria, falta de grana, médicos, brigas, cansaço... Tudo aquilo que alimenta o meu "adorável" mal humor.

Não faço o tipo que acredita em astrologia, lendas, ou o diabo, mas puta merda, é melhor que essa coincidência não se repita pelos próximos 982 anos. Ou terei que rever os meus conceitos sobre a posição da lua em alinhamento com o planeta Netuno fazendo sombra nos 54 dias que antecedem a chegada da primavera.

Que venham logo as flores de setembro, mesmo que sejam de plástico.