quarta-feira, março 30, 2011

Amor,

Que você siga decifrando cada uma das minhas pequenas transformações, como mágica.
Que continue a ler em braile a invisibilidade das minhas aflições.
Que queira me fazer feliz, não para mostar aos outros o quão feliz é quem está ao seu lado, mas que o faça pelo prazer de me ver sorrir. Encantadoramente espontâneo. Que continuemos a completar frases um do outro.
Que consigamos desvendar intenções alheias em um só olhar, para que possamos nos proteger de qualquer forma não sincera de aproximação.
Que saibamos que somos especiais como indivíduos e o quanto isso nos torna uma conjunção escrita em caixa alta.
Que eu saiba que um dia, dentro de um humilde embrulho, você tentou me dar o mundo. E conseguiu.
Que toda vez que o meu olhar percorrer cada parte do teu corpo você leve contigo a suavidade do meu toque.
Que eu descubra, conheça e decore-o inteiro, em sua completa peculiaridade, para que eu possa sempre acessar sua anatomia em meus arquivos de memória afim de minimizar a angústia da saudade que eu sinto quando eu não estou amparada nos teus braços.





Eu roubei o texto do blog de uma garota que eu "conheci" na comunidade do Caio Fernando. Não sei se o texto é dela, nem sei se o texto já é bem conhecido, batido, velhinho e essas coisas todas que circulam na internet. Mas pouco importa. É lindo e é como se eu tivesse escrito pro moço que me faz acreditar que no fim tudo dá certo, mesmo quando (Como diria o Moska) ainda estamos no ínicio do que vamos ser.

terça-feira, março 29, 2011

Renato é o cara que me ensinou, na marra, a apanhar da vida e permanecer em pé. Renato é o cara que me encantou em menos tempo de convivência. Renato é o cara que me fez desacreditar um pouco daquele lance que dizem sobre a admiração não resistir a proximidade.

Renato é a cara do paradoxo humano.

Consegue, como poucos, despertar nos outros a vontade de arregaçá-lo para em seguida pegá-lo no colo. Ele já me convidou para um passeio de balão e me jogou lá de cima, direto para o inferno. E apesar das muitas feridas que isso causou, a queda não foi suficiente pra quebrar o tanto de coisa boa e bonita que eu enxergo quando penso nele.

No fim das contas, aos trinta e poucos anos, ele só um menino, aquele menino que eu adoraria ter conhecido no aniversário de dez anos, ou no ápice da adolescência. Aquele menino que eu queria ter conhecido antes de tomar tanta porrada da vida. Aquele menino que eu, de qualquer jeito, gostaria de ter conhecido se eu já não o conhecesse tão bem.

Hoje é o dia do aniversário dele, poderia não ser, a mensagem seria a mesma. Em qualquer dia de qualquer ano.

Um beijo,

quarta-feira, março 23, 2011

O câncer do meu mundo é a imaturidade. Certeza.

Não existem pessoas totalmente boas, nem tão pouco, pessoas totalmente más. Alguns irão dizer que existem pessoas com desvio de caráter. Oras, o que é desvio de caráter? Desvio de caráter todos temos, em algum momento da vida. Ninguém é tão santo que nunca tenha cometido um deslize, seja por impulso, seja contaminado pela raiva, por ingenuidade ou pela simples vontade de foder alguém. Logo, cheguei a conclusão que imaturidade é o que há de mais triste e feio no ser humano. As pessoas sentem inveja porque são imaturas, as pessoas falam mal das outras porque são imaturas, as pessoas tomam atitudes "duvidosas" porque são imaturas. Simples, bem simples. As pessoas que me cercam eu escolho a dedo. Tenho carinho por todas, mas 90%delas não são maduras o suficiente pra entender um "não pode", "não deve", "não é assim", ou apenas olhar em volta e aceitar que o mundo, apesar de redondo, tem muitas esquinas, e essas coisas todas filosóficas.

Por que eu escrevi esse post? Sei lá, desabafo. Tô meio cansada de ver gente que não merece tomando "lapada" por conta da falta de maturidade alheia. Principalmente no meu trabalho. E o mais chato disso tudo, é que, geralmente, quem é maduro costuma ser bacana o suficiente pra não jogar a merda toda no ventilador.

O mundo não é justo, eu já disse isso aqui?

quarta-feira, março 16, 2011

Eu tô bem nervosa hoje. Primeiro porque aconteceu uma porrada de coisa errada no meu trabalho. Segundo porque as pessoas que fizeram merda acham mesmo que "tá tudo bem, tá tudo certo". E terceiro porque eu vejo tudo acontecendo e sou praticamente obrigada a ficar quieta pra não alimentar a minha fama de encrenqueira, barraqueira e dona da verdade.

Alô, pessoas! A minha reação depende da ação que acontece ao meu redor. Todos os meus barracos nascem do meu senso de justiça. Do meu, entendem? Eu nunca vou pro "pau" sem ter um argumento plausível pra apresentar. O problema, e muita gente já fez questão de me dizer isso, é que eu os uso com tanta firmeza que parece não haver outra opção a não ser dizer "amém" pra minha voz. Eu não deixo pra lá o que eu julgo errado. É o meu jeito de encarar os problemas. Não nasci pra fazer cara de paisagem, sorry. O meu silêncio, quase sempre, me mata de câncer. Morri poucas vezes nessa vida, mas morri, e garanto, não valeu a pena.
A minha prepotência existe. Assim como a minha arrogância. Mas que fique bem claro, os meus maiores erros nunca foram cometidos quando eu agi impulsionado por elas.
E olha que eu até já aprendi a pedi perdão. No século passado.

terça-feira, março 08, 2011

Ele toma a última cerveja 354 vezes, mesmo quando eu quero ir pra casa antes mesmo da primeira. Eu morro de frio e dor no estômago, ele fica puto quando, em um ímpeto de raiva, eu jogo metade da cerveja dele no canteiro. Ele concorda com os meus amigos quando os meus amigos querem me deixar sem razão. Ele come pizza gelada com refrigerante quente no café da manhã. Ele joga almofadas na minha cara quando eu peço parabéns pelo dia das mulheres. Ele não quer viajar no nosso raro feriado sem preocupação, por causa do trânsito. Ele reluta em sair de casa, depois que sai, não quer mais voltar. Ele consegue fazer tudo isso em um único carnaval. Um carnaval suficiente pra me dar a certeza absoluta de que ele é do tipo que nunca quer ir embora. Que nunca quis ir embora. Que nunca me deixou ir embora.

Eu poderia me encher disso e jogar nosso "tudo" pro alto, mas o nosso relacionamento é feito da paixão que sentimos um pelo outro quando somos ainda mais imperfeitos.
Como disse, sabiamente, Masili (Um amigo das antigas dele)

"Casamos nossos defeitos. Implementamos qualidades."

E fomos indo assim, e estamos indo assim e somos indo ainda mais assim. Juntos.