domingo, agosto 12, 2012

Aos noivos


Quando eu vi a Nadine pela primeira vez no Imot, logo pensei: “Essa menina é muito bonita, deve ser mega metida”. Eu teria que aturá-la todos os dias, já que ela havia sido contratada pela clínica.

Com o tempo, fomos nos aproximando, lembro que logo nos primeiros papos eu disse que ela tinha cara de Janine (uma conhecida minha da época) e daí pra começar a chamá-la de Jans foi um pulo. Fui percebendo que de metida ela não tinha, absolutamente, nada. Era meiga, doce, companheira. Uma menina delicada, com valores, educação e princípios que não faziam parte do meu mundo.

Cresci (apesar de honesta e limpinha) no meio das esquinas barra pesadas da vida.
Como assim, uma garota dos anos oitenta que não falava palavrão quando era sacaneada e não bebia litros de cerveja em um sábado de sol? Enfim, fui me acostumando e me encantando com toda aquela suavidade de menina querendo abraçar o mundo.

Nesses tantos anos de amizade, passamos por muitas coisas, muitas histórias, muitas derrotas e muitas vitórias. Tivemos fase de brigas, como todas as boas amigas tem. Lembro de um dia que eu, bêbada numa inauguração, quase voei no pescoço dela ( Nunca bebam Lambrusco de estômago vazio, ok?). Foi nosso último desentendimento. Apesar de menina, ela sempre teve atitude de mulher pra resolver seus problemas. Me procurou para conversarmos e ali eu tive a certeza de que ela era uma pessoa que eu poderia confiar sobre qualquer circunstância. E vai ser assim sempre, mesmo com o pouco contato dessa fase da nossas vidas.

Lembro também, que pouco depois dessa nossa última briga (alguns meses depois acho), ela me contou sobre um rapaz aí, que ela estava “conhecendo” melhor. Um “tal” de Luiz Fernando. O tempo foi passando e o namoro foi ficando sério. Ela me mostrava fotos dele no finado orkut. E ela me contava coisas fofas sobre ele, como quando ele mandava entregar flores a ela no dia da mulher e o meu namorado me deixava as roupas dele para eu lavar (Mas eu amo o meu namorado, gente, adoro lavar as roupas dele. Juro).

Enfim (2), demorei para conhecer o Nando pessoalmente (também achava que ele tinha uns 18 anos quando eu o conheci). Mas, sério, nunca achei que duas pessoas combinassem tanto quanto os dois, assim, logo de cara. Gostei dele, o jeito como ele tratava a Nadine era lindo. Ainda é. Rapaz educado, inteligente, culto (como eu...hohoho), cheio de valores e super sacadinho (Ainda escreve super bem, acho isso o máximo dos máximos).

Nesse período de namoro percebi grandes mudanças na menina que eu conheci há alguns anos. Nadine ficou mais segura, mais decidida, mais firme, até mais “invocadinha” ela se tornou. Eu gosto muito mais da Nadine “pós” Nando, hoje ela é mais ela e o melhor, muito mais forte. Não conhecia o Nando antes, não sei se ele mudou e o quanto mudou, mas tenho sérias desconfianças de que ele também tenha se tornado um homem melhor depois que conheceu a Nadine. É assim que as coisas funcionam com amor.

A minha Jans, menina de tudo, virou um mulherão, eu vi tudo isso, ninguém me contou e são essas transformações que nos fazem perceber o quanto um relacionamento com confiança, amizade, amor e cumplicidade são alicerces para uma vida plena, cheia de sorrisos verdadeiros, e o principal, é o responsável por fazer o nosso delicioso mau humor matinal se tornar apenas “charme de ocasião”..rs




Hoje, faltando menos de um mês para o casamento, desejo que vocês não façam nada diferente daquilo tudo que vocês fizeram até aqui. Que continuem sempre respeitando os valores e os princípios que vocês nunca abandonaram e que os fizeram pessoas do bem. Saibam que cada passo dessa longa jornada foi o passo mais importante para que o relacionamento de vocês se tornasse essa história sólida que faz a gente olhar com doçura, soltar um suspiro e pensar que os contos de fadas mais bonitos acontecem na medida dos nossos abraços mais verdadeiros.




Um beijo, um carinho sincero e felicidades eternas aos noivos mais fofos do velho oeste.