sexta-feira, outubro 28, 2011


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"O cara que acha que a bunda dele não é digna de qualquer vaso sanitário.
O cara que me chama de Feike de X (não conto o porquê do x aqui nem fodendo).
O cara que diz que me odeia pra em seguida dizer que P-R-E-C-I-S-A de mim.
O cara que grita no meio do bar lotado que só me beija se for NO ROSTO.
O cara que tentou me matar com esse mesmo beijo citado acima (Sim, reparem na mão esquerda apertando o nó do meu cachecol discretamente).
O cara que me levou pra comer o pior provolone da minha vida.
O cara que me dá adeus todos os dias desde 16 de junho de 2006 e nunca foi embora. (Por falar nisso, alguém me explica se 16/06/06 é algum número cabalístico, assim, do tipo praga?)
O cara que diz que as minhas amigas são gostosas e eu sou apenas A Legalzinha.
O cara que, por conhecimento de causa, ainda vai escrever a minha biografia

Anjo, vulgo Rodrigo, o cara que eu odeio e com quem eu mantenho a relação mais ridícula da minha vida.


E que a gente passe a vida inteira alimentando esse ódio assim, desse jeito tão estranho e tão só nosso, amém."




Escrevi esse textinho em julho de 2008, nesses mais de três anos ele continuou sendo a relação mais ridícula da minha vida. Sentirei saudades imensa dessa nossa cumplicidade escrota.


Eu nunca reconheci, mas eu te devo a minha felicidade, irmão.

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