domingo, agosto 30, 2009

E antes que me interpretem mal,


Saudade da cabeçuda teimosa e insistente da Paty. E dos nossos planos pro resto do mundo.
Sim, ela é parte grande do pouco que coube nos meus.
Saudade da cabeçuda teimosa e insistente da Paty.

Eu desconfiava que a Talita fosse pé frio pra rolês desde a nossa última virada cultural juntas. Depois que eu conheci o Deco, a desconfiança virou certeza. Taí Santo André, que não me deixa mentir. Ou Sabaúna. Ou o banco da bicicleta. Ou...


Fazer festinha em casa é a opção mais garantida e segura, quando a diversão é ao lado da Talita.


A noite de ontem foi jóia. Ri muito. Como só se ri pouquissimas vezes e ao lado de pouquissimas pessoas em toda vida.


E como se não bastasse todo o nosso carinho-confiança-e-cumplicidade, ela ainda é toda gostosa. Daquelas mulheres raras, que seriam gostosas só por respirar.


Um beijo. Cem beijos, "queridona".












Eu sinto saudade de algumas pessoas que, apesar de levarem com elas uma parte linda da minha história, não couberam nos meus planos.

segunda-feira, agosto 24, 2009

"Meu nome é Fernanda e eu estou há quase um ano sem me meter em encrenca."

Seria um começo legal e inovador, né?

Mas seria mentiroso pra caralho. É claro que eu ainda me meto numas baitas encrencas, mas o grande lance é que eu aprendi a não correr mais atrás de problemas. Assim, ó,

Antigamente eu achava super jóia beber até cair na noite, sem pensar no quanto eu iria acordar estragada no dia seguinte. Achava bacana jogar charme pra todos os caras interessantes do universo, mesmo que não tivesse interesse real por nenhum deles, só pelo prazer de testar meu jogo de sedução. Achava legal torrar todo o meu dinheiro em coisas que eu poderia muito bem viver sem só por que todas as minhas amigas achavam legal ter coisas que se pode muito bem viver sem. Achava gostoso comer todas as porcarias do mundo pra controlar a minha ansiedade e depois correr 10 kms com o tornozelo arregaçado só pra compensar a baixa estima. Achava divertido contar vantagens, me meter em brigas, armar barraco, ouvir fofocas e ser popular.

E o engraçado é que, nos últimos minutos, eu sempre tinha a chance de não fazer nada disso. E eu fazia. E sei lá por que achava toda essa babaquice o máximo. Aí eu me fodia toda, lógico. O "meu máximo" não durava nem uma semana. As consequências são rápidas quando se é inconsequente. Ficava mal uns tempos, me recuperava e voltava a fazer tudo igual.

A gente nunca sabe ao certo qual é o nosso momento de grande mudança, qual é o primeiro passo rumo a maturidade, e nem mesmo, se estamos indo pelo caminho certo. O que eu sei é que hoje eu ando de mãos dadas com minhas escolhas, e acordo todos os dias com aquela sensação gostosinha de ter feito exatamente aquilo que eu faria se tivesse pensado muito bem antes de fazer.

Não é sensação de paz, de espiritualidade, de consciência tranquila... É só a sensação de me querer bem, assim, crua. Sem efeitos especiais.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Antes de mais nada, queria dizer que o meu pulso ainda pulsa. Com um tornozelo a menos, um estômago podre e uma mão inválida, só posso mesmo estar sendo carregada pelo cerebro e o coração. Estes estão perfeitinhos e obrigada por perguntar.

Só pra escrever que tem acontecido um troço bem estranho nesses últimos dias. Leminsk anda me assombrando. Tudo que eu começo a ler e penso: "Puta, que bacana! Bem que eu gostaria de ter escrito isso." É batata que lá no rodapé estará o nome do Leminsk.

E eu que sempre tive um pezinho literário no patriotismo, me vejo obrigada a expandir minhas fronteiras pra conseguir falar de algo que, bem... me faz gostar um pouco mais de todo o resto do mundo que não merece o meu gostar mais.


Um bom poema leva anos. Cinco jogando bola, mais cinco estudando sânscrito, seis carregando pedra, nove namorando a vizinha, sete levando porrada, quatro andando sozinho, três mudando de cidade, dez trocando de assunto, uma eternidade, eu e você, caminhando junto.

(Leminsk)


Isso tudo e essa deliciosa sensação de felicidade inesperada e atrevida.

domingo, agosto 09, 2009

"Abrindo um antigo caderno foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno."



Paulo Leminski