sexta-feira, julho 22, 2011
















É, parece que chegou o dia que eu nunca imaginei que chegaria. O de fechar, delicadamente, a porta do quarto que me trouxe tantas alegrias e muitas decepções ao longo desses anos.

Lá dentro eu me diverti a beça, mas também chorei pra cacete. Me emputeci quase todos os dias e me senti aliviada outras tantas vezes. Aprendi, ensinei, ajudei, fui ajudada, compreendi, fui compreendida e me transformei numa pessoa melhor.

O saldo final de toda essa jornada foi mais que positivo. Observando e sendo observada, descobri que fazer um bom trabalho é quase o oposto de entregar quem não tem o mesmo ritmo que você. Que vestir a camisa da empresa, definitivamente, não é tentar ferrar quem não segue a mesma linha de pensamento que os outros. Que ser leal com as pessoas que trabalham com você não é passar a mão na cabeça delas o tempo todo. Que pra ganhar um cargo na empresa não é necessário pisar na cabeça de ninguém. E que pra conquistar a confiança dos chefes é preciso, antes de mais nada, conquistar a confiança de quem trabalha ao seu lado.

É isso. Eu devo muito da pessoa que hoje eu sou a todas as outras pessoas que passaram pela empresa. E não falo só profissionalmente. Fiz amigos que vou levar pra vida inteira. Aprendi a ser mais forte. Mais paciente. Mais tolerante. Mais maleável. A ter mais jogo de cintura. E principalmente, a dar mais valor e ter mais orgulho do caráter e educação que eu aprendi com os meus pais.

Saio de lá sendo abraçada pelas pessoas que continuam ali. Só por isso, tantos anos de entrega já valeriam a pena.

Vou sentir saudades dos meus quinze cafés diários...

Nenhum comentário: