
São Paulo é monocromática
Sem o charme dos filmes em preto e branco
Sem a poesia das fotografias antigas
Vermelha por outdoors fascistas
Que da noite pro dia tornam-se aquarelas às minhas vistas
Porque quando a gente acorda
Nossa cama é feito dia de sol com céu azul
E teus olhos são dois prismas
Filtrando luz
Arco-íris depois da chuva
São Paulo se enche de vida
Menina de faces rosadas
Corre arredia pela paulista
De vestido púrpura e laço de fita
Sopro de vida na cidade cinza
(Silvia Bandeira)
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