quarta-feira, julho 23, 2008

Dando Tchau

Dia desses eu fui docemente obrigada a fazer uma avaliação física lá na minha academia. Digo docemente porque meu instrutor veio com uns elogios baratos sobre minha frequência nas aulas, o meu bom desepenho nos treinos, os resultados que estavam começando a aparecer e blá blá blá. E o obrigada, bem, o obrigada fica por conta da ameaça que eu sofri no fim dos elogios, dizendo que sem essa merda de avaliação física eu não poderia continuar treinando lá. (Homens, bah, sempre alisando pra bater)

Enfim, lá fui eu pro abate (sabe os bois caminhando naquele corredorzinho pra serem sacrificados? Pois é.) . Tive a brilhante idéia de colocar um milhão de roupas de frio pra ficar mais gorda, só pra causar aquele impacto de ilusão de ótica na hora que o fisioterapeuta virasse pra mim e falasse: Tire a roupa.

E foi dito e feito. De cara ele já comentou: "- Nossa, mas você parecia ser mais gordinha" (Sim, nas horas vagas eu sou um gênio). E aí começou aquela porra toda de medidas pra cá, e aparelhinho do capeta pra lá, e meus olhos fechados daqui... Não posso negar que arregalei os olhos de felicidade quando ele disse que minha taxa de gordura estava bem mais baixa do que ele esperava (Nada deixa uma mulher mais feliz do que ouvir a palavra gordura seguida de baixa, acreditem). E disse mais, disse que meu lado direito tem exatamente as mesmas medidas do meu lado esquerdo. Pasmem! Pela primeira vez na vida alguém diz que eu não sou torta, e com comprovação científica.

Já estava me sentindo a rainha da bala chita, e vestindo a minha roupa pronta pra tirá-la mais tarde na playboy quando ele chegou nas considerações finais sobre o meu tríceps...

E é óbvio que eu vou terminar essa conversa por aqui, sem contar a parte em que eu resolvi abolir as alcinhas da minha vida, porque tenho uma reputação de quase-gostosa pra zelar, embora as pessoas insistam em dizer que eu sou apenas A Legalzinha.

Mas por via das dúvidas, já vou logo avisando, quando eu responder o seu tchauzinho todo cheio de entusiasmo do outro lado da rua com um mísero aceno de cabeça, acredite, aquele velho clichê nunca mais terá outra chance de ser tão verdadeiro:

- Não, a culpa não é sua, meu bem...Sou eu, Sou eu...

Nenhum comentário: