domingo, outubro 10, 2010








Me arrependo de muitas brigas que eu tive. Sinto a falta de muitos amigos que eu perdi por ser orgulhosa o suficiente pra dar o braço a torcer. Conheci muita gente bacana. Me apaixonei perdidamente por uma semana milhões de vezes. Poucas dessas paixões se transformaram em amizade verdadeira. Duas, pra ser exato. Mas que valem por um mundo delas. Fiz muitos amigos na internet. Perdi muitos amigos na internet. Conheci o homem da minha vida no meio de uma aposta, lá num boteco sujo do Tatuapé, no meio de um jogo do São Paulo. Aprendi, na base da porrada, que nem sempre emburrar ou passar mal resolve os meus problemas. Às vezes mascara, mas por puquissimo tempo. Resolvi que um dia eu quero ser mãe. E eu, umbigo do universo, descobri que cuidar de alguém que eu amo me faz tão feliz quanto cuidar de mim mesmo. Também tô aprendendo a controlar os impulsos. Mas minha indignação com as imbecilidades do mundo continuam não me deixando ficar calada. Mulher superficial me irrita. Homem fresco me dá asco. Descobri que sou mais forte do que eu imaginava. E continuo não acreditando no mundo espiritual, embora eu tenha cada vez mais certeza que alguma coisa que eu não sei bem o que é, acredita em mim. Reconheço os meus defeitos e as minhas qualidades, aceito-os. A maioria dos erros e acertos levamos conosco. Assim como as conquistas, os fantasmas e os esqueletos no armário. Quando você entende que não há como fugir do passado, o caminho se torna mais leve.

E assim, como eu nunca pensei que um dia fosse acontecer, finalmente me sinto pronta pra começar uma nova vida. Ao lado do homem que me ensinou que confiança, segurança e cumplicidade é a única estrada que nos leva ao amor.

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