domingo, novembro 16, 2008

Estou A-P-A-I-X-O-N-A-D-A!

Juro. Apaixonadissima.

E tudo estaria indo muito bem não fosse um detalhe... Ele não me conhece, quer dizer, nem eu o conheço. Eu só sei das coisas do caralho que ele escreve.

Estava eu, tranquilamente em frente ao computador pesquisando sobre filosofias inadequadas (sim, sou apaixonada por ficar em casa sem fazer nada tentando encontrar humor em coisas extremamente mal humoradas por natureza) e me deparo com o blog do cara relacionado a esses temas adoráveis. Como eu sou uma pessoa muito ocupada, principalmente aos domingos, resolvi entrar, puxar uma cadeira e me servir de café.

De cara já abri num puta texto do cara sobre psicologia de resultados. Texto com aquela pitada de humor disfarçado de indignação canalha, aquela coisa de malandro que te olha de canto de olho pra que ninguém mais perceba, além de você, óbvio, que ele está olhando.

E assim passei 5 horas gozando no pau literário do cara. Texto por Texto. Linha por linha. Palavra por Palavra.

Não sei nada sobre ele, a não ser que é um jornalista-desconhecido-pseudo-burguês-classe-média-contemporânea-branquelo-gigante-por-natureza-palmerense-e-inimigo-do-(ecat)PSDB, segundo descrições do próprio. Tem maior contradição que isso? Não, não tem. Por isso me apaixonei. Porque ele é um absurdo. (Alô, alô, Patrícia, aquele abraço!)

Ele se sabe ridículo e tá se lixando pra isso. E acha graça dele e das pessoas iguais a ele. E tira sarro dos imbecis que não percebem que são imbecis.

E o melhor, ele não sabe nem que eu existo (o que lhe dá um certo ar blasé na minha visão pura de mulher apaixonada), quiçá, que estou neste momento, muito bem comida por suas palavras cheias de sacanagens e putarias "verborrágicas".

E certamente vai morrer lutando pela liberdade de expressão irônica e debochada sem saber que eu me apaixonei por ele, e que escrevi um texto em homenagem a esse amor-eterno-amor neste 16 de novembro de 2008 (E certamente, com o passar dos anos, eu vá morrer negando isso)

É isso. E ele ainda se chama Fernando (Se eu soubesse desenhar corações aqui, essa era a hora). E ele ainda conhece os poemas de Drummond. E ele ainda é Um Romântico. E ele ainda joga tudo no mesmo saco, mata o gato e tira o coelho da cartola:

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João virou tucano, Teresa agora é lésbica, Raimundo tornou-se porteiro no centro, Maria tem depressão da meia idade, Joaquim morreu de cirrose e Lili está fazendo amor com outra pessoa, mas meu coração vai ser para sempre seu. (Carlos Drummond e Alexandre Pires)


Eu te amo, Fernando Vives!

Ou pra homenagear o momento "Eu bebo sim e estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo" de Patrícia-Maria:

Fernando Vives Rules!

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