domingo, setembro 21, 2008

" Prostituta que fosses...

... Eu te amaria do mesmo modo

Porque o amor como o fogo, purifica o que toca."




Hoje é pra você que eu escrevo, e eu escrevo porque eu sei que você me lê, no amplo sentido da expressão.

É muito bom tê-la na minha vida, e digo vida porque sei muito bem a diferença entre vida e dias. E sei também o quanto é difícil pra gente suportar tanta coisa, tantas pessoas, tantos motivos, e tantos tantos sem perder o tom. É isso. Em um ano e meio a gente foi capaz de criar o nosso próprio tom, um tom inalcançável pela maioria das pessoas que, de alguma forma, fazem parte da nossa história. O que não é estranho, já que nesse tempo a gente se especializou em criar. Criar risadas, expressões, assuntos, barracos, declarações, e o povo sempre lá, esperando a próxima moda da estação.... Eu acredito mesmo que um dia seremos reconhecidas como a maior dupla criadora de confusões e frases de impactos da história tecnológica do mundo.

É lindo, sabe? As pessoas imediatamente nos associam uma a outra, seja qual for o assunto, e isso não se consegue impunemente. E eu tenho o maior orgulho, você nem desconfia.

Claro que não poderiam faltar as pessoas que torcem contra. Porra, a gente sabe. Tanta gente torcendo contra, né, amor? E olha, nem é um filme de romance digno de oscar.

E a gente passou por tudo isso. Foi um ano e meio de tanta gente como a gente ficando pelo meio do caminho, tanta parceria como a nossa sendo desfeita, e a gente continua aí, incomodando pra caralho. Não tanto quanto no tempo em que o mundo era bão, sebastião, mas o suficiente pra garantir gargalhadas dominicais.

Hoje, vendo nosso antigo álbum de fotografias em letras, eu tive a certeza do quanto a gente é melhor juntas, foda-se quem pensa o contrário. Dane-se quem acha que somos muito diferentes, que você não é confiável, que eu sou falsa e que mantemos uma amizade de aparências. "Deixe que diguem que pense que falem". Como diria a legenda do Caio ( não o nosso, aquele que você achou narigudo demais) : "Há tanto carinho..."

E a gente não precisa mais que as pessoas saibam da gente, e mesmo assim, elas sabem. Porque é interessante saber da gente, porque há uma história aqui e histórias escritas em tempo real despertam mesmo o interesse das pessoas. Acho que todo mundo espera um fim, saca? E a gente vai passando por tudo isso cada vez mais seguras, mais fodonas, mais rainhas da bala xiita...

É lógico que nada disso é um mar de rosas, mas eu nunca acreditei mesmo nessa coisa de contos de fada. E eu sei que a gente ainda vai brigar muito, se decepcionar muito, se afastar muito, se ofender muito, mas aí vai ter o Caio, vão ter os segredos maiores do universo, vão ter as vergonhas que passamos juntas, vão ter as preocupações que tivemos uma com a outra, vão ter as risadas escandalosas que demos, e a gente vai segurar a onda. Porque é isso que fazemos de melhor, né? Voltar. A gente sempre volta pra gente. Sabe, pode-se camuflar qualquer coisa, mas não se apaga cumplicidade, e quando as coisas apertam é uma na outra que encontramos força. Sabe aquele lance do Caio de "Tô contigo e não abro"? É, amor, ele escrevia pra gente sim. Juro.

Sei lá, eu tenho tanta coisa pra te dizer, tanta tanta, que eu sei, essa sua cara de pau te faria escrever um comentário do tipo "Eu já sabia, Galvão", então acho bonito preservar algumas histórias que são só nossas. Mas eu queria mesmo era dizer que foi de muito amor a tarde que passamos juntas hoje. Dos textos que eu leio as coisas absurdas que me acontecem no dia-a-dia, é sempre de você que eu lembro. E olha, isso é tanto.

E eu sei, no fim das contas, as coisas mais absurdas e legítimas da minha vidinha sacana, é sempre só com você, é sempre só por você.

Por que? Sei lá,

"Eu te soprei e você não se desfez."


Importa mais o que?



Boa noite, "Fátima".

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