domingo, junho 21, 2009

Eu não consigo parar de pensar que a pior das coisas se tornou a melhor delas. Eu não consigo parar de acreditar que tudo o que eu tenho passado é melhor do que o que eu passaria se, naquele domingo, tivesse pegado aquele trem sem olhar pra trás.

Eu não consigo parar de viajar nos seus olhos me perguntando que porra é essa que tá acontecendo. Eu não consigo nada além disso que eu vivo hoje.
E eu acredito nisso.

Nessa sua mania de susto que me irrita, nesses seus excessos de mordidas, nessa sua quantidade absurda de carinho.
Eu acredito nas noites caseiras que você me proporciona. Eu acredito em você mais até do que na gente.

E se amanhã eu não acreditar mais, foda-se. Caso com qualquer paspalho, converso sobre assuntos fúteis, começo a ouvir batidão, uso sapato combinando com a bolsa, batom cor de rosa e esmalte transparente nas unhas.

Mas hoje eu acredito nas minhas unhas compridas nas suas costas, nas músicas que você coloca pra eu ouvir, nas nossas conversas sobre política e religião, na minha boca com gosto da sua língua, no seu uiforme do corinthias combinando com meu vestidinho quadriculado, nessa vida que eu empurro com essa barriga dolorida de quem já se estragou muito com café-cigarros-álcool e que tá aprendendo a ser mais leve com você.

Já fui idiotinha demais quando era mais jovem, me deixa ser feliz desse jeito, agora que, finalmente, eu tô vivendo o que eu acredito.
É isso, eu acredito. Acredito como se não houvesse amor em nenhuma outra porra de lugar além dos teus braços.


Licencinha, Fabiana Vajman. Foi por uma boa causa, juro.

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