terça-feira, janeiro 13, 2009

Não vou jogar meu destino contra o seu num filme piegas sem sal. Não vou chorar nem fingir que o amor morreu, chega de drama banal. Que seja a dor nosso amor, nossos ardis. Teatro nô japonês onde o ator é ao mesmo tempo atriz, vestes da mesma nudez.
Eu, Belmondo, como um Pierrot, le fou, só no cinema francês.
Você, Bardot, belo anúncio de shampoo só fica bem nas TVs.
Melhor viver nosso papel bem normal que a vida nos reservou, interpretar nosso bem e nosso mal, sem texto e sem diretor. Chega de representar o que nós não queremos ser, não vamos nos transformar num casal clichê do clichê.


Clichê do Clichê, do Gil.

Declamado.

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